domingo, 12 de agosto de 2012

A regência da rede

Ainda no subsolo do prédio, me deu na telha o seguinte: Nem em casa consigo ficar sozinho. Fico tentando achar as letrinhas no
touchscreamming e depois me reconfortando na vasta botãozeira do computador. Compartilho o que penso, com base ou interpretações
supostamente hilariantes daquilo que consegui absorver entre o falatório que veio antes e depois do meu. Entram também na receita os fatos
do jornal, os retratos falados do cobrador, as conversas do vizinho no hall, o forró que tocava no carro que ia em direção ao reduto do
samba, as janelas que abrem e fecham e são só barulho. Pra poder processar todo esse caleidoscópio e poder reter na rotina da retina, que
nunca me regeu, é preciso tempo de manobra para respirar, acessado com o botão "off-line", ao lado do relógio.
Aí dou uma breve desligada no celular e no computador, pra poder falar com meu interior. Por isso imploro: só não botem rede na minha
varanda!

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